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06/03/2018 | 8 DE MARÇO
Inspire, expire, transpire
Inspiro, expiro e penso afinal: quem me inspira?
Na minha trajetória no gênero feminino são tantas mulheres que marcaram o meu viver...
Começo por uma cuja força do destino não me deixou conhecer pessoalmente. Faleceu a minha avó materna bem cedo, aos 14 anos de minha mãe. Ao que sei era pequena e forte; severa e amorosa; divertida e diligente; esforçada e habilidosa...Passou a minha mãe a firmeza e a coragem. Mas, com certeza, minha mãe é a maior elegância concentrada em pouca estatura que conheço, com boa dose de irreverência: o amor desmedido, quase irracional; a sensibilidade; o sucesso nas situações mais adversas; a resiliência...inspira, inspira e inspira.
Da avó paterna guardo receitas e conselhos memoráveis: não seja rabugenta, escute o seu coração, tenha sonhos, conquiste, realize...
Das bisavós, conheci duas, ambas com brilho no olhar, sede de viver e invejável memória. Um brilho que vejo nos olhos de minha filha, inspiração que me convida insistentemente a ser feliz todos os dias.
As amigas, a todas a quem concedi espaço no meu coração, com elas compartilho incertezas, confidências, decepções e alegrias; enquanto cada uma, de forma singular, me inspira a seguir em frente.
São muitas mulheres na minha colcha emocional de retalhos onde retomo pedaços de mim.
Enquanto escrevo, questiono: e eu, afinal, quem inspiro?
Uma coisa é fato: minhas musas inspiradoras, cada qual à sua maneira, conjugam o verbo amar em vários tempos e formas. Elas me mostram na prática que, apesar das agruras da vida, vale à pena ser mulher...porque o amor é o nosso rio que flui do manancial para o rio da eternidade...porque aquilo que não se compartilha, se perde...
Inspiro, expiro e concluo: no centro do universo de uma mulher, a inspiração é aquele fogo que arde, que brota do nosso âmago e prolifera ao nosso redor.
Somos fonte de inspiração!!!
Somos o que transpiramos!!!
Fabiana Rodrigues Silveira